terça-feira, 23 de fevereiro de 2010

Marta Sofia (10ºH - Curso Profissional de Multimédia)

Queimada Viva, Souad

O meu livro conta a história de uma rapariga que, com cerca de dezassete anos, foi queimada viva. Na Cisjordânia as mulheres que tivessem filhos rapazes eram mais bem vistas pela sociedade, as mulheres que tivessem filhas raparigas matavam a maior parte das filhas. Lá, uma cabra ou uma vaca é mais bem tratada do que uma filha, pois os as vacas e as cabras dão leite para fazer queijo e podem ser vendidas e as raparigas não. É assim que pensam na Cisjordânia. Na sua aldeia as raparigas não podiam ter nenhum namorado, se o tivessem este seria escolhido pelo seu pai e era para casar. As raparigas com catorze anos já eram maduras para casar e se não se casassem perto dessa idade a família era mal vista pelo resto da aldeia, e elas seriam chamadas de “charmutas”. Souad tinha um vizinho que se chamava Faiez e de quem gostava. Eles começaram a encontrar-se e um dia fizeram amor. Na aldeia de Souad, fazê-lo antes do casamento era impensável. Souad engravidou e Faiez desapareceu. Quando se apercebeu de que estava grávida começou a atirar pedras contra a sua barriga para ver se perdia o bebé, mas não perdeu. Os pais dela, quando se aperceberam de que ela estava grávida, foram falar com Hussein, o marido da sua irmã mais velha, Noura, para que este “tratasse” dela. Hussein queimou Souad a mando dos pais desta. Souad foi para o hospital onde foi tratada pior que um animal: não lhe davam banho, comida e nem os medicamentos necessários lhe davam. Souad teve o seu filho na cama de hospital e sem ajuda médica, ao qual deu o nome de Mouran e lhe foi retirado de seguida. Jaqueline, uma senhora que trabalhava para a Terra dos Homens, uma instituição que tratava de crianças abandonadas, deficientes ou malnutridas, ouviu falar da história de Souad e foi investigar. Quando encontrou Souad na cama de hospital praticamente abandonada, quis logo tirá-la dali para ela ser tratada noutro pais em que tivesse mais e melhores condições. Mas, para que tal fosse possível tinha de ter o consentimento dos pais. No hospital havia um médico novo, Hassan, que a ajudou com tudo. Hassan foi com Jaqueline à terra de Souad falar com os pais dela para a deixarem sair do país - o argumento que usaram foi o de que ela “iria morrer longe dali e já não tinham de se preocupar mais com ela”. Foram lá várias vezes até que conseguiram. Jaqueline encontrou Mouran. Este estava numa instituição, muito mal nutrido, mas sem problemas de saúde graves, aparentemente. Jaqueline levou Souad e Mouran para a Suíça. Souad fez vinte e quatro operações. Na Suíça, Souad refez a sua vida e teve duas filhas: Letitia e a Nadia.

1 comentário:

LitZine disse...

Olá!

Passámos pelo blogue e o formato agradou-nos imenso.


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